Foto: Arthur Ferreira (Cortesia)

Durante reunião na Câmara de Vereadores de Gravatá, a vereadora Silmara Enfermeira expôs uma série de problemas enfrentados pela população no acesso ao transporte para atendimentos médicos. A secretária de Saúde do município, Viviany Cavalcante, esteve presente na sessão e foi sabatinada por Silmara sobre a deficiência na oferta de ambulâncias e o funcionamento do Tratamento Fora de Domicílio (TFD).

Silmara destacou que, mesmo antes de tomar posse como vereadora, já acompanhava de perto a realidade da saúde pública da cidade e relatou situações em que precisou intervir para garantir a transferência de pacientes. Segundo ela, apesar de Gravatá contar com quatro ambulâncias, apenas duas estão em funcionamento, enquanto as demais enfrentam problemas mecânicos, como vazamento de óleo. A parlamentar afirmou que essa informação foi confirmada por um dos motoristas da frota.

A vereadora relatou ainda dificuldades enfrentadas por gestantes e pacientes com suspeita de doenças graves, como AVC e meningite, que aguardaram por longos períodos na UPA antes de serem transferidos. Um dos casos mencionados foi o de um paciente que permaneceu 24 horas na unidade sem conseguir a transferência necessária. “Esse paciente não fazia confusão, apenas chorava e pedia ajuda”, disse Silmara, reforçando a necessidade de maior agilidade na regulação dos atendimentos.

Outro ponto abordado foi a deficiência no transporte de pacientes do TFD. A parlamentar mencionou que, durante três meses, precisou auxiliar um paciente oncológico da comunidade de Várzea Grande, levando-o até Recife para tratamento, devido à falta de veículos disponíveis. Ela também destacou a situação de uma criança com problemas cardíacos que tem consulta marcada para o dia 26 de fevereiro, mas foi informada de que não haveria carro para levá-la.

Os motoristas que operam o transporte de pacientes em hemodiálise também foram mencionados. Segundo Silmara, dois condutores trabalham com uma van que atende pacientes em dias alternados, mas não recebem remuneração pelos dias em que prestam esse serviço adicional. A vereadora cobrou da secretaria de Saúde uma solução para que esses trabalhadores sejam devidamente reconhecidos e remunerados.

Em relação às ambulâncias dos distritos, a vereadora relatou o caso de uma gestante hipertensa e diabética, que não conseguiu ser encaminhada a uma unidade de saúde por falta de transporte. No distrito de Mandacaru, a ambulância estava em manutenção, deixando os moradores sem acesso a um meio adequado de locomoção para emergências.

Silmara também cobrou esclarecimentos sobre a distribuição de medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Segundo ela, há um grande desabastecimento de remédios essenciais, como cefalexina, necessária para pacientes que passaram por cirurgias. A UBS do bairro Maria Auxiliadora foi citada como uma das mais afetadas pela falta de medicamentos.

A parlamentar também pediu explicações sobre os critérios de distribuição das cotas de exames de alta complexidade cedidas pelo Estado. Segundo ela, em 24 de novembro, três pacientes de Gravatá receberam cotas extras para realizar exames de ressonância magnética em Recife, mas não tiveram transporte disponibilizado pelo município. Ao chegar à clínica, Silmara constatou que outros pacientes de Gravatá estavam presentes, alguns levados em carros alugados, enquanto um veículo da Secretaria de Obras transportava apenas uma pessoa, sem aproveitar a capacidade do carro para atender mais necessitados.

Silmara Enfermeira reforçou a necessidade de transparência na gestão da saúde e cobrou mais eficiência para as deficiências apontadas. “A saúde do povo de Gravatá não pode esperar, e precisamos garantir que os serviços sejam prestados de forma eficiente e justa”, concluiu a vereadora.

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Relatos de Silmara Enfermeira à Secretária de Saúde

Por uma saúde mais digna e eficiente:

Diante dos casos apresentados pela vereadora Silmara Enfermeira, surgem questionamentos sobre a real eficiência da saúde em Gravatá. O atendimento de urgência está funcionando de forma adequada? As remoções ocorrem com rapidez e organização? Gestantes, pacientes com doenças crônicas e demais usuários estão recebendo o cuidado necessário?

A vereadora reafirma seu compromisso com a fiscalização e a cobrança por um serviço de saúde digno para todos. Para ela, a saúde não pode ser tratada como um jogo político, no qual a população é quem mais sofre.

A parlamentar também destaca a importância da participação popular, incentivando os cidadãos a compartilharem suas experiências com a saúde no município em sua públicação no instagram e reforçando a necessidade de união na luta por melhorias.

📢 A população pode relatar sua experiência com a saúde de Gravatá e se unir em busca de mudanças reais clicando no botão abaixo.

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