O Centro de Inclusão de Gravatá (CIG) se tornou foco de uma disputa eleitoral após a coligação “Avanço Continua”, do atual prefeito Joselito Gomes, entrar com uma ação judicial contra a campanha de Joaquim Neto, alegando que as críticas feitas ao CIG são infundadas. Segundo a coligação de Joselito, o centro conta com uma equipe multidisciplinar de mais de 15 profissionais, oferecendo atendimento contínuo a crianças com deficiência.
No entanto, mães que utilizam os serviços, como Nice Souza e Vanessa Silva, que dependem do CIG para acompanhar seus filhos autistas, contestam essa versão.
“Meu filho tem meia hora de terapia de 15 em 15 dias com uma psicóloga. Psiquiatra e neuropediatra só uma vez a cada dois meses. Quem me dera que ele tivesse todos os acompanhamentos que necessita. Eu não consigo pagar por isso, e isso dói na alma. Se a gente tivesse esse acompanhamento, ninguém iria abrir a boca para dizer que não tem.”
Disse Nice Souza, mãe de Vinícius, expondo sua frustração.
“Eu tenho certeza que 97% das mães que são atendidas lá não estão satisfeitas com o atendimento.”
Afirmou Vanessa Silva, também mãe de uma criança autista.
“Aqui fica minha indignação e apelo para que eles olhem mais para as nossas crianças atípicas. A gente precisa de ajuda, são os nossos filhos que estão em jogo.”
Finalizou Nice, fazendo um apelo emocionado.
O processo judicial da coligação “Avanço Continua” alega que o CIG está funcionando plenamente, com um número expressivo de atendimentos. No entanto, os relatos das mães sugerem uma realidade diferente, trazendo o CIG para o centro das discussões eleitorais em Gravatá.
O candidato a prefeito Joaquim Neto, que implantou o CIG em sua última gestão, afirma que o Centro era uma referência na região.
“O CIG chegou a atender cerca de 500 crianças, e tinha lista de espera para atender o mesmo número, por seu trabalho de excelência na região.”
Enfatizou Joaquim Neto.