Segundo a narração da professora Leopoldina Maria de São José, MANDACARU era um matagal intenso, em 1918 o senhor Minervino Correia construiu um prédio para escola dos filhos, devido só existir escola no sítio Prianas. Em começo de 1924, Cônego Américo Pita parou na casa do senhor José Batista para descansar e propôs que construísse uma capela no local da venda, o senhor José Batista que era católico convicto, disse que não havia problemas, só precisava demolir o prédio, mas o padre disse que não era preciso, só necessitava de um local para sacristia, para começo e depois faria uma igreja, ele ou outro padre se encarregaria disso, o padre esperava que um dia este local se tornasse um povoado e depois passaria a vila.
As pessoas ficaram entusiasmadas com a ideia, juntou-se ao senhor José Batista, os senhores: Paulino Paz, Neco Paulino, João Batista, João Bezerra (conhecido por João Pipiu), Joaquim Bezerra (Joaquim Pipiu), Minervino Correia, Manuel Ferreira e mais algumas pessoas que quiseram ajudar a desmatar o matagal intenso, onde existiam muitos mandacarus, onde deram nome ao lugar.
Foi aos 27 de abril de 1924 em um domingo, às 10 horas da manhã que chegou a procissão com a imagem de SÃO JOSÉ vindo da cidade de Gravatá a Mandacaru, foi um dia chuvoso, mas o povo estava satisfeito que não sentiram a chuva. Às 11 horas da manhã foi celebrada a missa, o Padre passou o dia, a noite rezou o terço e fez um belo sermão, sobre São José o pai adotivo de Jesus Cristo e esposo de Maria Santíssima. A festa da noite foi animada por dois poetas: Severino Milanês e João Magro, residentes em Riachão. Além de uma banda de pífano, os poetas cantaram repentes.
MANDACARU está localizado a 500 metros do nível do mar situado no Agreste Pernambucano, onde se encontra no Vale do Ipojuca, devido às características climáticas desta região, situada à oeste do Município de Gravatá. O Distrito de Mandacaru fica a 12 km da sede do município, foi elevado a Distrito no dia 18 de abril de 1955, é constituído pela Vila de Mandacaru e 29 sítios. Vivem em torno do sistema de agricultura familiar de subsistência, mantendo hábitos sociais e culturais, comuns as sociedades nordestinas. A forte presença da Igreja Católica desde o início de criação da vila, é mantedora dos hábitos sociais e culturais dos moradores. A relativa aproximação com os grandes polos urbanos – Recife – Caruaru – Gravatá, o fácil acesso à comunidade através da PE-87 e os meios de transportes urbanos e particulares, e a forte penetração dos meios de comunicações de massa. Atualmente nossa população sobrevive do comércio, da agricultura, da floricultura, da pecuária, como funcionários públicos e funcionários na rede hoteleira. Ao longo da história política de nosso Distrito foram eleitos 08 vereadores e nomeados 21 subprefeitos.
Levantamento histórico, geográfico, o sociológico e político realizado pelo Subprefeito José Eudes da Silva – Professor de Filosofia